Para alguns, é alarme falso. Para outros, nem tanto. Ainda é cedo para conclusões, mas pesquisadores britânicos da University College London trouxeram uma descoberta importante a ser discutida.
O Mal de Alzheimer pode ser transmissível
É o que sugere o estudo, publicado na revista científica Nature. As evidências da transmissão seriam através de procedimentos cirúrgicos. Mas, um dos cientistas garante que não é motivo de cancelar/adiar cirurgias. Tudo ainda não passa de investigações.
Nas autópsias de oito pacientes com a doença de Creutzfeldt-Jacob (CJD – singla em inglês), foram encontrados resquícios de fragmentos da proteína beta-amiloide, além da proteína tau, dois grandes sinais da presença do Alzheimer. O interessante é que os pacientes recém-falecidos eram jovens – a doença é mais comum em idosos – e haviam contraído a CJD por meio de injeções de hormônio de crescimento. Então, quer dizer que esses hormônios poderiam ter passado um pouco dessas proteínas, espalhando o Alzheimer? Sim, essa é a hipótese.
Mas, reforça-se que é preciso cautela, pois nenhum dos pacientes analisados tiveram confirmado o diagnóstico da doença. Ainda não há provas sobre a relação entre essas injeções (procedimento antigo, interrompido na década de 1980) e o acúmulo das proteínas sinalizadoras do Alzheimer. O estudo gerou disparidades entre estudiosos da área; os fatores de risco da doença – que afeta milhões e milhões de pessoas – ainda continuam a ser a idade, os hábitos, dentre outros já conhecidos. Mas, certamente, é uma descoberta que merece atenção.