Será que há uma ligação entre personalidade e o fato do terreno onde se vive ser plano ou montanhoso? O estudo constatou que apenas um dos cinco grandes traços de personalidade conhecidos apresentou correlação com o terreno: a extroversão.
Você se sente bem no lugar onde vive?
Em uma série de três estudos, pesquisadores avaliaram se há uma ligação entre personalidade e um aspecto do ambiente físico: terreno plano contra terreno montanhoso. O estudo constatou que apenas um dos cinco grandes traços de personalidade conhecidos apresentou correlação com o terreno: a extroversão.
Os participantes consideraram um terreno isolado e arborizado como sendo mais calmo, mais tranquilo e pacífico. Em contraste, avaliaram os locais planos mais “sociáveis”, excitantes e estimulantes. O estudo descobriu que quando as pessoas querem socializar com outras, a grande maioria prefere o litoral (75%) às montanhas (25%). Em contraste, quando querem ficar sozinhas, podem escolher tanto as montanhas (52%), como o litoral (48%).
Os introvertidos preferem as montanhas
Os resultados do estudo também mostraram que os introvertidos tendem a viver em regiões montanhosas, enquanto os extrovertidos vivem em regiões abertas e planas. Os pesquisadores advertem que não há evidências de que a vida nas montanhas torne as pessoas introvertidas, mas sim, que os introvertidos tendem a escolher a geografia montanhosa em função do ambiente isolado.
O pesquisador chefe Shige Oishi diz que as pessoas devem considerar suas personalidades mais estreitamente ao escolher um lugar para viver; “algumas cidades têm geografia mais flexível para algumas pessoas do que para outras… Se você sabe que é introvertido, então pode ser rejuvenescido por estar em um lugar isolado, enquanto uma pessoa extrovertida pode acabar se sentindo melhor em espaços amplos e abertos.”
Este é o primeiro estudo a correlacionar extroversão e introversão com a preferência por montanhas versus litoral / espaços abertos. O estudo está em análise para publicação no Journal of Personality and Social Psychology e apoia a tese de que inúmeros fatores, alguns deles até então desconhecidos, são capazes de influenciar a forma como nos sentimos.
Fonte: ScienceDaily
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