De acordo com uma pesquisa da Universidade McGill, no Canadá, existe relação entre baixas quantidades de vitamina D e uma maior chance de se desenvolver esclerose múltipla. A doença é caracterizada como autoimune e degenerativa, e afeta nervos do cérebro e a medula espinhal. No momento, ainda não existe cura para a esclerose múltipla, que costuma se manifestar em indivíduos na faixa etária dos 20 aos 40 anos.
Mesmo existindo essa relação, é importante ressaltar que os indivíduos portadores de esclerose múltipla, desse estudo, podem também compartilhar outras características (desconhecidas) que também interferem no aumento do risco de se desenvolver a doença.
Como descobriram isso?
Foi utilizado um método genético chamado randomização mendeliana. Os participantes são do International Multiple Sclerosis Genetics Consortium Study, o qual envolve cerca de 15 mil portadores e 24 mil não portadores. Os pesquisadores descobriram que o decréscimo genético de vitamina D estaria relacionado a um risco duas vezes maior do aparecimento da esclerose múltipla.
Apesar das limitações da pesquisa, os autores fazem ressalvas: “os níveis de vitamina D geneticamente rebaixados estão fortemente associados ao aumento da suscetibilidade à esclerose múltipla. Se a vitamina D pode atrasar ou impedir a esclerose múltipla, aí é o caso de uma investigação mais aprofundada”.