- 4.000 a.C.: sumérios escrevem sobre a euforia provocada pelas sementes de papoula.
- 2.500 a.C.: a trepanação (abertura de orifícios no crânio) era um procedimento comum em diversas culturas. Possivelmente era usada para tratar transtornos cerebrais, como epilepsia, ou por razões rituais e espirituais.
- 1.700 a.C.: papiros descrevem detalhadamente o cérebro, mas os egípcios não o têm em alta conta; diferentemente de outros órgãos, era removido e descartado antes da mumificação, indicando que não se acreditava que seria útil nas encarnações seguintes.
- 387 a.C.: Platão dá aulas em Atenas; ele acredita que o cérebro é o centro dos processos mentais.
- 335 a.C.: Aristóteles reitera a crença antiga de que o coração é o órgão superior; o cérebro, diz ele, é um radiador que impede o superaquecimento do corpo.
- 170 a.C.: o médico romano Galeno lança a teoria de que o temperamento e o caráter humano são decorrentes dos quatro “humores” (líquidos mantidos nos ventrículos cerebrais). A ideia persistiu por mais de mil anos. As descrições de anatomia de Galeno, usadas por gerações de médicos, tiveram como base principal os trabalhos em macacos e porcos.

Referência: O livro do cérebro, por Rita Carter. Editora Agir, Rio de Janeiro, 2012.