Pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Edimburgo analisaram dados de, aproximadamente, 21 mil pacientes com câncer na Escócia e constataram que a depressão era muito comum e 73% não recebiam o tratamento adequado.

Pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Edimburgo analisaram dados de, aproximadamente, 21 mil pacientes com câncer na Escócia e constataram que a depressão é mais frequente nesses pacientes. A estimativa é que 73% dos que, além da doença, são diagnosticados com depressão não recebem tratamento adequado para o transtorno.
Os cientistas submeteram 500 adultos diagnosticados com depressão maior e câncer com prognóstico favorável a um programa de tratamento sistemático baseado na medicação com antidepressivos e sessões de psicoterapia. Depois de seis meses, a intensidade dos sintomas depressivos caiu pela metade em 62% dos participantes, em comparação com 17% do grupo de controle, que não recebeu tratamento específico para a depressão. A abordagem ajudou a amenizar também ansiedade, dor e fadiga. Os pesquisadores repetiram o experimento em pacientes com câncer terminal, e constataram que as intervenções são eficazes também nos casos mais graves.
Essas mudanças podem melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e aumentar as chances de prevenção de episódios de ansiedade, depressão, estresse e doenças psicossomáticas, sendo determinante no tratamento de indivíduos com câncer.