A insônia é um distúrbio do sono que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora seja uma condição comum em ambos os sexos, estudos recentes sugerem que as mulheres são mais propensas a sofrer de insônia do que os homens. Neste artigo, vamos explorar essa questão com base em evidências científicas publicadas em artigos de 2020 em diante.
A insônia é caracterizada por dificuldades para dormir, manter o sono e acordar muito cedo pela manhã. Além disso, a insônia pode estar associada a sintomas diurnos como fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração. De acordo com a National Sleep Foundation, cerca de 30% dos adultos relatam insônia ocasional e 10% sofrem de insônia crônica.
Vários estudos recentes têm sugerido que as mulheres são mais afetadas pela insônia do que os homens. Por exemplo, um estudo publicado na revista científica Sleep Health em 2021 comparou os padrões de sono de homens e mulheres de diferentes faixas etárias. Os resultados mostraram que as mulheres tinham maior dificuldade em adormecer, menor qualidade de sono e maior duração da insônia do que os homens.
Outro estudo publicado na revista Sleep Medicine em 2020 também encontrou uma maior prevalência de insônia entre as mulheres. Os pesquisadores examinaram dados de 34.407 participantes de um estudo nacional de saúde e descobriram que as mulheres tinham maior probabilidade de relatar insônia e de usar medicação para dormir do que os homens.
As razões para a maior prevalência de insônia entre as mulheres ainda não estão completamente claras. No entanto, alguns fatores podem contribuir para essa diferença de gênero. Por exemplo, os hormônios femininos podem afetar o sono. Durante o ciclo menstrual, a progesterona pode aumentar a sonolência, enquanto o estrogênio pode diminuí-la. Além disso, a menopausa pode levar a alterações significativas no sono, como ondas de calor e suores noturnos.
Além dos fatores hormonais, outros fatores de risco para a insônia em mulheres incluem a sobrecarga de trabalho, estresse, ansiedade e depressão. Além disso, os padrões culturais e de gênero podem desempenhar um papel importante na maior prevalência de insônia entre as mulheres.
Em conclusão, a insônia é um problema de saúde comum que afeta tanto homens quanto mulheres. No entanto, evidências científicas recentes sugerem que as mulheres são mais afetadas pela insônia do que os homens. Vários fatores podem contribuir para essa diferença de gênero, incluindo fatores hormonais, estresse, ansiedade, depressão e padrões culturais e de gênero. É importante que as mulheres que sofrem de insônia procurem ajuda médica para identificar a causa subjacente e receber tratamento adequado.
Uma pesquisa realizada com gêmeos mostra que fatores genéticos influenciam significativamente no desenvolvimento da insônia, especialmente em mulheres.
59% para mulheres e 38% para os homens. Essa é a porcentagem de herança genética da insônia para ambos os sexos. Os resultados fornecem algumas das primeiras evidências formais sobre as diferenças sexuais em adultos, e podem ajudar na especificação do tratamento do problema.
A insônia – dificuldade em adormecer ou manter o sono, ou regularmente acordar mais cedo que o desejado, apesar de uma oportunidade propícia – afeta cerca de 30 a 35% da população, e a do tipo crônica (3 vezes por semana por 10 meses, pelo menos) atinge 10% dos adultos, de acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono.
Foi utilizado um enorme banco de dados envolvendo 7500 participantes; os sintomas relacionados à insônia puderam ser amplamente avaliados. Este foi o primeiro estudo a examinar as influências genéticas e ambientais sobre os distúrbios do sono em adultos. Mais um argumento científico a apoiar a ideia de que as mulheres estão realmente mais propensas ao problema.
Referências:
- Karami, J., Ahmadi, M., Karami, G., & Farokhi, F. (2021). Gender differences in sleep disorders: A narrative review.