Comunicar, adaptar, sustentar e compreender
Mais representativos da funcionalidade do sistema nervoso, os fenômenos mentais, psíquicos ou neurológicos, se preferir, ocorrem como parte de sua fisiologia natural. Desde a produção do liquor, ao fenômeno da excitabilidade neuronal propriamente dito, o pensamento, a plasticidade neural, as emoções, como raiva, medo, agressividade e afetividade, os fenômenos cognitivos, os vários aspectos do comportamento, como um músculo do corpo que se contrai respeitando uma ordem do pensamento. Os fenômenos neurológicos são inúmeros e quatro deles, fundamentais, serão apresentados neste artigo.
A transmissão de sinais
Quando um neurônio recebe um estímulo, se este é “forte” o suficiente, produzirá um impulso nervoso. O impulso nervoso corresponde a uma corrente elétrica que percorre o axônio até os botões sinápticos. O impulso nervoso precisa encontrar a membrana numa condição denominada potencial de repouso (-70 mV); uma vez iniciado, se auto propagará. Os potenciais capazes de gerar tal transmissão de sinal são denominados potenciais de ação (> 15 mV). Os sinais elétricos que percorrem neurônios, sinapses, órgãos receptores e efetores constituem a base da comunicação, em todas as suas instâncias.
A plasticidade neural
Esta é definida como a capacidade que o sistema nervoso tem de mudar em resposta às exigências do ambiente em que se encontra. É um fenômeno que depende de mudanças microestruturais nos próprios neurônios, morfológicas e fisiológicas. O termo também pode ser definido, quando ocorre nas sinapses, de plasticidade sináptica. Especialmente as sinapses ao sofrerem o fenômeno plástico, ou ficam “fortalecidas”, reforçadas pelo fenômeno de potenciação, ou se desfazem pela retração e protrusão dendríticas. Sem a plasticidade neural, não aprendemos, simplesmente não nos adaptamos.
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