Para você, o que significa ter um Cérebro de Alto Desempenho?
Ser aprovado no vestibular?
Alcançar sucesso financeiro?
Boa capacidade de concentração?
Ter memória excelente?
Vida longa com boa capacidade cognitiva?
Tudo isso junto? Acrescentaria algo mais?
Pois é. Nos últimos anos, o interesse acerca do desempenho cerebral tem aumentado.
Ao mesmo tempo que se observa crianças “mais espertas”, capazes de lidar quase que naturalmente com o mundo informatizado, cresce também o número de pessoas que vivem mais, para além dos 70, 80 anos.
O que isso implica?
O cérebro está tendo que se adaptar.
É indiscutível que todos querem manter as funções mentais otimizadas. É inegável que as pessoas querem viver o melhor de si.
Mas será que esse “melhor” tem a ver com cada vez mais intensidade? Qual a relação entre um desempenho ótimo cerebral e a ociosidade e o estresse?
É bem verdade que ao mencionarmos um Cérebro de Alto Desempenho, o nosso pensamento vai muito mais de encontro ao estresse do que ao ócio.
Para entendermos um pouco mais sobre o melhor estado de funcionamento cerebral e, a partir de então, sermos capazes de aproveitar melhor essa ferramenta poderosa que a natureza colocou dentro da nossa cabeça, vamos falar sobre a Curva de Yerkes-Dodson.
Falei grego? Calma…
O conceito de Desempenho Ótimo Cerebral desenvolvido pelos psicólogos Yerkes e Dodson
Em qualquer campo de habilidade, seja no trabalho, nos relacionamentos amorosos, na escola ou em uma tarefa conjunta com amigos, o cérebro é acionado para atuar de forma ótima.
É muito importante entender que o desempenho ótimo é aquele no qual o cérebro é capaz de aproveitar o máximo de suas capacidades sem esgotá-las.
Estabeleça uma meta, trace um plano. Verifique as variáveis que deverão ser atendidas, como tempo, grau de prioridade, consequências esperadas, e você poderá então avaliar o seu desempenho cerebral.
Meta: passar no vestibular.
Variáveis: 3 semanas disponíveis para estudo, prioridade máxima, busca por realização profissional…
O seu cérebro deverá então alcançar a meta proposta, atendendo as variáveis estipuladas, sem no entanto afetar a capacidade biológica do organismo.
E como saber qual é essa minha capacidade neurobiológica?
Além de procurar se informar como o cérebro funciona, essa capacidade natural passa por perceber alguns sinais que o cérebro dá quando ele está aquém do seu potencial, ou exagerando em algum aspecto.
Pode ocorrer lapsos de memória, ansiedade, insônia, fadiga, baixa concentração, desinteresse geral, dentre outros.
A relação entre estresse e desempenho, abordada pela Lei de Yerkes-Dodson, mostra muito bem isso.
Segundo essa teoria, a atuação dos hormônios do estresse tem muito a ver com a nossa capacidade de aproveitar da melhor forma possível as nossas funções mentais.
Observe a imagem:
Repare que, tanto nos estados de tédio como de fadiga e exaustão, o desempenho cerebral é menor.
Ocorre que os níveis de hormônios do estresse, cruciais para manter o cérebro energizado, focado e desempenhando bem as atividades, devem estar equilibrados no organismo.
A conclusão mais importante que esse gráfico nos traz é que não adianta se esforçar demais. É fundamental ter uma autopercepção apurada para manter-se pleno em suas funções intelectuais, sem ficar inerte, mas também sem exageros.
Como disse Aristóteles, o segredo está no meio-termo.
Com o cérebro não é diferente.
O problema da ociosidade
Segundo estudos científicos recentes, há cada vez mais pessoas desinteressadas e desestimuladas no trabalho.
Arrisco dizer: a falta de postos de trabalho, especialmente nos países subdesenvolvidos, não é o único problema. A incapacidade de se manter o emprego está sendo determinante.
Viver 10, 20, 30 anos ou mais desempenhando uma mesma atividade requer muito mais do que aptidão ou cognição apurada. É necessário estabelecer laços emocionais capazes de gerar motivação.
O desinteresse interfere muito na produtividade. Talvez, nesse sentido, o pilar econômico mais fundamental em qualquer sociedade não seja a formação acadêmica, mas a motivação para o trabalho.
O problema do esgotamento
Por outro lado, as pressões cotidianas, o número elevado de exigências que devemos atender, podem esgotar a capacidade biológica do nosso cérebro.
Muito se acredita que “turbiná-lo” seja o caminho mais indicado. Medicamentos, suplementos e exercícios cognitivos ininterruptos entram nesse contexto.
Entretanto, a nossa massa cinzenta já consome 20% de toda a energia que produzimos, mesmo correspondendo o cérebro a apenas 2% do peso corporal.
Se não dermos tempo para que ele se recupere, ou a alimentação não for adequada, o desempenho não será ótimo.
Por isso, o Cérebro de Alto Desempenho é muito mais uma questão de equilíbrio do que busca incessante por capacidades.
Nesse sentido, conhecer como o cérebro funciona, do que ele precisa, é o primeiro passo.
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O que acontece quando chegamos no extremo do estresse é o que chamamos de Síndrome de Burnout. Dê uma olhada neste link e entenda melhor como ela acontece.
Até breve!
Boa noite!
Quero aprender mais sobre como preservar e estimular o cérebro das crianças e jovens adolescentes.
Estou muito preocupada com o desenvolvimento intelectual de meus filhos.Neste mundo de informações tão efêmeras, rápidas e fugazes, não sei como ajudar.
Se a concentração é tão importante os jogos valem mesmo a pena?Como posso ajudar?Os complexos vitamínicos valem mesmo a pena?
Muito Bom! o desinteresse no trabalho é a falta de motivação emocional, quando colocamos amor no que fazemos realçamos o nosso viver e com isso criamos estímulos internos que nos permite o renovar dia após dia.
Perfeito Roseane!
Muito interessante, Leonardo. É bem por aí mesmo. E pensar que, na verdade, hoje vemos muita gente desmotivada E esgotada com o trabalho (ironicamente ou não, nos 2 extremos da improdutividade)…
Verdade Carlos! Obrigado