Pode-se definir meditação como um conjunto de técnicas que buscam treinar a focalização da atenção. Por essa razão, é processo cognitivo auto-regulatório. Através da prática, desenvolvemos o controle sobre vários aspectos da capacidade cerebral de focar. Leia também depois a matéria especial sobre como a meditação interfere positivamente em nossas vidas.
Nos últimos tempos, um tipo de meditação vem se destacando bastante: a meditação mindfulness. Mindfulness pode ser traduzido para consciência, atenção, foco, presença ou vigilância. Vemos, dessa forma, que a meditação clássica diferencia-se bastante da mindfulness: enquanto aquela é caracterizada por “respirar e não pensar em nada”, buscando um nível de transcendência, a mindfulness envolve depositar toda a atenção no que se está vivendo e sentindo em um determinado momento, sem julgamentos, buscando estar totalmente com a “cabeça no presente”.
A atenção plena tem origens no Budismo. Ela é vista como a qualidade da mente que se dá conta do momento, sem interferências. Funciona como um espelho que claramente reflete o que está diante de si.
Benefícios da atenção plena
Sabendo que a meditação mindfulness deixa o indivíduo mais consciente do que está vivendo, é de se esperar que tal prática o torne mais focado, mais criativo, mais feliz, saudável, relaxado e no controle.
Além disso, contribuiria, por exemplo, para a perda de peso, já que se comerá mais alimentos saudáveis e em menor quantidade. O “comer consciente” significa prestar atenção a cada mordida, devagar, sendo seletivo na escolha da refeição.
Eventualmente, a atenção plena também leva a uma melhor tomada de decisão. As pessoas se tornam mais propensas a não desistir de causas “perdidas”, como um relacionamento aparentemente ruim ou um trabalho que a maioria julgaria “sem perspectiva”; por causa do tempo e energia já investidos. Os mais focados são hábeis em detectar problemas e soluções em vivências pessoais e profissionais.
Alterações no cérebro
Todos os benefícios da meditação mindfulness são devido à redução do estresse que a prática promove. Sabendo que as áreas que mais respondem ao estresse são amígdala, hipotálamo e cíngulo anterior do córtex, estas ficam mais ativas em situações de estresse. Já a atividade do córtex pré-frontal (área do cérebro associada ao pensamento consciente e planejamento), em condições estressantes, apresenta-se diminuída.
A meditação mindfulness aumenta a atividade pré-frontal, ao promover a consciência do que está acontecendo, o que pode regular e “desligar” a resposta biológica ao estresse. Diante disso, teremos uma diminuição da incidência de inúmeras doenças ligadas a ansiedade.
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