Uma pesquisa publicada em 2019 na revista científica Nature Medicine avaliou cérebros de pessoas neurologicamente saudáveis, e os comparou com cérebros obtidos por necropsia de indivíduos previamente diagnosticados com a doença de Alzheimer. As idades variaram dos 43 aos 97 anos. Algumas conclusões interessantes do estudo:
- O cérebro continuou a produzir novos neurônios mesmo após os 90 anos de idade
- Após os 40 anos, pessoas neurologicamente saudáveis apresentaram uma redução de até 40 mil novos neurônios por milímetro cúbico cerebral
- Cérebros com Alzheimer fabricaram uma quantidade ainda menor de neurônios já no estágio inicial da doença.
Várias pesquisas já identificaram que o cérebro adulto de diversas espécies é capaz de produzir novas células nervosas ao longo da vida. No entanto, há controvérsias quando o assunto é o cérebro humano adulto. Apesar de evidências científicas robustas não terem identificado neurogênese significativa em adultos, mais em crianças, um artigo bem recente lançou mão de novas técnicas e identificou a neurogênese adulta hipocampal.
Usando esses métodos, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia confirmaram a presença de neurônios hipocampais imaturos, principalmente de um tipo chamado de células granulares, em uma ampla gama de amostras de cérebro humano desde a infância até os 92 anos. população de células, mesmo em cérebros idosos. Os pesquisadores não encontraram números significativos de neurônios imaturos em outras regiões do cérebro humano adulto.
O hipocampo então hospedaria este que é um dos fenômenos mais exclusivos do cérebro de mamíferos adultos. A neurogênese hipocampal adulta confere um grau incomparável de plasticidade a todo o circuito do hipocampo.
Outro estudo particularmente importante demonstrou nitidamente que o número e a maturação desses neurônios diminuíram progressivamente à medida que a doença de Alzheimer avançava. Os dados fornecem evidências da neurogênese comprometida como mecanismo potencialmente relevante subjacente aos déficits de memória no Alzheimer e que podem ser passíveis de novas estratégias terapêuticas.
Acredita-se ainda que, além do hipocampo e zona subventricular, novos neurônios sejam formados também na amígdala, hipotálamo, substância negra, estriado e até algumas regiões corticais.