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Você ouve vozes? Confira um dos mais detalhados estudos sobre alucinações auditivas

por Leonardo Faria
10 de setembro, 2022.
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As alucinações auditivas são muito mais comuns do que se pensa e, nem sempre, representam doença psiquiátrica.

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Você ouve vozes? Como elas são? Será que está ficando “louco”? Confira um dos maiores e mais detalhados estudos já realizados sobre essas experiências, conhecidas como alucinações auditivas.

Vozes “nas cabeças” das pessoas são muito mais variadas e complexas do que se pensa, de acordo com pesquisa realizada pelas universidades de Durham e Stanford, publicada recentemente no The Lancet Psiquiatria.

Descobriu-se que a maioria dos ouvintes relatam múltiplas experiências com inúmeros tipos vozes. Muitos chegam a sofrer efeitos físicos em seus organismos. O estudo também confirmou que tanto pessoas com e sem diagnósticos psiquiátricos relatam experiências do tipo. Os resultados questionam algumas das suposições atuais sobre a natureza das alucinações e sugerem que há uma variação maior na forma como são experimentadas do que até então se acreditava. Os investigadores dizem que esta variação remete possivelmente à necessidade de diferentes tipos de terapias, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) adaptada voltada para sub-tipos distintos de voz ou padrões de audição.

Atuais abordagens incluem medicação, TCC, técnicas de diálogo de voz e outras formas de terapia e auto-ajuda.

Alucinações auditivas além da esquizofrenia

Alucinações auditivas são uma característica comum de muitos transtornos psiquiátricos, como psicose, esquizofrenia e transtorno bipolar. Mas, como vimos, também são experimentadas por pessoas sem condições psiquiátricas. Estima-se que entre 5 e 15% dos adultos experimentarão alucinações auditivas alguma vez na vida.

Este é um dos primeiros estudos a lançar luz sobre a natureza desse tipo de alucinação dentro e fora do contexto da esquizofrenia, incluindo também muitos outros diagnósticos de saúde mental.

A pesquisadora chefe, Angela Mata, do Centro de Humanidades Médicas da Universidade de Durham, enfatiza: “Nossos resultados têm o potencial de derrubar pressupostos psiquiátricos tradicionais sobre a natureza de ouvir vozes. É crucial para estudar a saúde mental e as experiências humanas, tais como a audição de vozes, utilizar perspectivas diferentes para definir verdadeiramente o que as pessoas estão enfrentando, e não apenas o que pensamos sobre isso (…) Elas têm um diagnóstico particular. Esperamos que tal abordagem possa estimular o desenvolvimento de intervenções clínicas futuras.”

A pesquisa sobre ouvir vozes

Os pesquisadores colheram respostas por meio de um questionário on-line focado na descrição das experiências de 153 correspondentes. A maioria dos entrevistados tinham sido diagnosticados com uma condição psiquiátrica, mas 26 não apresentavam histórico de doença mental. Os participantes eram livres para responder com suas próprias palavras.

A grande maioria dos entrevistados assumiram ouvir várias vozes (81%) com grande espectro de qualidades (70%).

Menos da metade dos participantes relataram ter ouvido vozes puramente auditivas (45%). Descreveram também experiências parecidas com pensamentos e experiências mistas, misturando vozes com pensamentos vívidos associados a determinadas qualidades acústicas. Esta descoberta desafia a ideia de que ouvir vozes é sempre um fenômeno perceptual ou acústico, e pode ter implicações para futuros estudos neurocientíficos sobre o que acontece no cérebro quando as pessoas ouvem vozes.

Outro dado interessante: 66% das pessoas descreveram sensações corporais associadas, como a sensação de calor ou formigamento nas mãos e pés. Vozes com efeitos sobre o corpo eram mais propensas a serem abusivas ou violentas e, em alguns casos, estarem ligadas a experiências traumáticas.

Enquanto medo, estresse, ansiedade e depressão foram frequentemente associados às vozes, 31% dos participantes disseram que também sentiram emoções positivas.

O Dr. Nev Jones, da Universidade de Stanford e co-autor da pesquisa, disse: “Nossos resultados quanto à prevalência e a fenomenologia de vozes não-acústicas são particularmente notáveis. Em geral, essas vozes não significavam simplesmente pensamentos invasivos ou indesejados, mas representavam, assim como as vozes “reais”, “entidades” distintas com suas próprias personalidades e conteúdo. Estes dados também sugerem que precisamos distinguir cautelosamente as percepções imaginárias, como os sons referidos, das percepções ditas reais”.

Seria o segredo compartilhá-las?

Rachel Waddingham é um instrutor e consultor independente, além de administrador da Rede Nacional de Audiência de Vozes e da Sociedade Internacional de Psicologia e Abordagens Sociais das Psicoses. Rachel ouve vozes, refere visões e tem enfrentado de maneira exemplar essas crenças. Confira suas palavras:

“Embora em nossa sociedade as pessoas que ouvem vozes são muitas vezes vistas como “loucas”, eu acredito que as coisas estão mudando. Muitas pessoas estão interessadas em ouvir a voz. Muitas pessoas têm me contado sobre as experiências que tiveram – quer na sua infância, ou como um adulto. E, falando sobre elas, estão começando a desestigmatizar a experiência, abrindo a porta para que outros possam falar abertamente também.”

“Enquanto acreditamos que as vozes sejam sinais de patologia e doença, não faz realmente muito sentido explorar as experiências vividas por uma pessoa. Em vez disso, tenta-se suprimir ou eliminar as vozes, tanto quanto possível. Ouvi-la parece loucura!”

E finaliza: “Cada um de nós é diferente, e ser curioso sobre minhas experiências foi um dos primeiros passos para lidar com elas. Eu gostaria de viver em um mundo onde estivéssemos realmente curiosos sobre as experiências uns dos outros e procurássemos entender ao invés de patologizar. Todos temos uma história e o mundo seria muito mais amável se começássemos a ouvi-las.”

Tags: alucinaçãopercepçãopsiquiatria
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Leonardo Faria

Leonardo Faria

Neurocirurgião (UFU) com Título de Especialista pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). CEO da Neurocirurgiões do Triângulo. Criador do Meu Cérebro e CEO da My Brain University, primeira universidade inteiramente digital sobre o cérebro. Pós-graduado em Neurociências e Comportamento (PUCRS). Empreendedor digital certificado pela Singularity University com imersão no Vale do Silício (EUA). Idealizador do Congresso Online Meu Cérebro (COMECE), maior evento inteiramente online sobre cérebro e neurociências já realizado no Brasil de forma interdisciplinar. Autor de e-books e palestrante. Mentor na My Brain University®.

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