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As principais células do cérebro: neurônios, astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e ependimóglia

Neste artigo, vamos explorar profundamente as principais células do cérebro, suas características, funções específicas, as descobertas científicas históricas e recentes que ampliaram nosso entendimento sobre elas.

Leonardo Faria por Leonardo Faria
29/09/2024
em Células do Cérebro, Artigos
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O cérebro humano é o centro de controle do corpo, responsável por todas as funções cognitivas, motoras e sensoriais que experimentamos diariamente. No entanto, por trás da complexidade de pensamentos, emoções e comportamentos, está uma rede intricada de células que trabalham em harmonia para garantir o funcionamento correto do sistema nervoso. Entre essas células, destacam-se os neurônios, astrócitos, oligodendrócitos, micróglias e ependimócitos. Embora os neurônios sejam amplamente reconhecidos, as outras células desempenham papéis igualmente cruciais para a saúde e a funcionalidade do cérebro.

neurônio células do cérebro

Resumo dos tópicos abordados

  1. Neurônios: Estrutura, função, e a história da sua descoberta.
  2. Astrócitos: Suas funções no suporte e manutenção do ambiente neural.
  3. Oligodendrócitos: Responsáveis pela mielinização dos neurônios no sistema nervoso central.
  4. Micróglia: O sistema imunológico do cérebro.
  5. Ependimócitos: Células que revestem os ventrículos cerebrais e produzem líquido cefalorraquidiano.
  6. Descobertas científicas recentes: O que novos estudos revelam sobre essas células cerebrais.

Neurônios: os mensageiros elétricos do cérebro

Estrutura e função dos neurônios

Os neurônios são, sem dúvida, as células mais conhecidas do cérebro. Eles são as unidades básicas do sistema nervoso, especializadas em transmitir sinais elétricos e químicos. Um neurônio típico é composto de três partes principais: o corpo celular (soma), os dendritos e o axônio. Os dendritos recebem sinais de outros neurônios, enquanto o axônio transmite esses sinais para outros neurônios ou células-alvo, como músculos ou glândulas.

Descoberta e História

A descoberta dos neurônios como unidades individuais veio no final do século XIX, graças ao trabalho pioneiro de Santiago Ramón y Cajal, que foi capaz de demonstrar, utilizando técnicas de coloração microscópica desenvolvidas por Camillo Golgi, que o cérebro era composto por células individuais e não por uma massa contínua. Esta descoberta foi fundamental para o desenvolvimento da neurociência moderna.

Avanços Recentes

Estudos recentes têm investigado a plasticidade neural, mostrando que, ao contrário do que se acreditava anteriormente, os neurônios podem se regenerar e criar novas conexões em certas áreas do cérebro ao longo da vida. Essa capacidade de plasticidade é fundamental em processos de aprendizado, memória e recuperação de lesões cerebrais.

Astrócitos: os cuidadores do sistema nervoso

Estrutura e função dos astrócitos

Os astrócitos são as células gliais mais abundantes no cérebro e têm uma variedade de funções críticas. Eles desempenham papéis essenciais no suporte aos neurônios, fornecendo nutrientes, removendo resíduos metabólicos e mantendo a homeostase iônica. Além disso, eles formam a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro de substâncias tóxicas presentes no sangue.

Descoberta e História

Embora os astrócitos tenham sido identificados pela primeira vez no século XIX, seu papel funcional foi negligenciado por muito tempo. Durante décadas, acreditava-se que eles serviam apenas como “preenchimento” entre os neurônios. No entanto, estudos recentes têm mostrado que os astrócitos são participantes ativos na sinalização sináptica, influenciando a transmissão neural e a plasticidade.

Avanços Recentes

Pesquisas recentes revelam que os astrócitos podem estar envolvidos em várias patologias cerebrais, como a doença de Alzheimer. Estudos sugerem que o acúmulo de proteínas tóxicas, como a beta-amiloide, pode desencadear respostas disfuncionais nos astrócitos, contribuindo para o progresso da doença.

Oligodendrócitos: os fabricantes de mielina

Estrutura e função dos oligodendrócitos

Os oligodendrócitos são responsáveis por um dos processos mais críticos do sistema nervoso central: a mielinização. Eles envolvem os axônios dos neurônios com camadas de mielina, uma substância lipídica que isola eletricamente o axônio e acelera a condução dos impulsos nervosos. A mielina é essencial para o funcionamento eficiente do sistema nervoso, e sua degradação está associada a doenças como a esclerose múltipla.

Descoberta e História

Os oligodendrócitos foram descritos pela primeira vez no início do século XX, mas foi apenas com o avanço das técnicas de microscopia eletrônica que sua função na mielinização foi realmente compreendida.

Avanços Recentes

Pesquisas recentes têm investigado maneiras de promover a remielinização em pacientes com doenças desmielinizantes, como a esclerose múltipla. Um estudo publicado na Nature em 2023 apresentou novos compostos que podem estimular os oligodendrócitos a regenerarem a mielina danificada, oferecendo esperança para terapias futuras.

Micróglia: o sistema imune do cérebro

Estrutura e função das células microgliais

As células da micróglia são os principais componentes do sistema imunológico do cérebro. Elas patrulham o ambiente neural em busca de sinais de lesão ou infecção e são capazes de fagocitar, ou “comer”, células mortas e detritos. A micróglia também está envolvida na modulação de respostas inflamatórias, o que pode ser tanto benéfico quanto prejudicial, dependendo do contexto.

Descoberta e História

Descoberta no início do século XX por Pío del Río-Hortega, a micróglia foi inicialmente vista apenas como “faxineira” do sistema nervoso. Com o tempo, no entanto, descobriu-se que ela desempenha papéis mais sofisticados, incluindo a regulação da plasticidade sináptica e a resposta a doenças neurodegenerativas.

Avanços Recentes

Estudos recentes têm focado no papel da micróglia em doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e Alzheimer. Um artigo publicado em 2022 sugere que a ativação excessiva da micróglia pode contribuir para a neurodegeneração, e que moduladores de micróglia podem ser alvos terapêuticos promissores.

Ependimócitos: protetores e reguladores do líquido cefalorraquidiano

Estrutura e função das células ependimárias

Os ependimócitos são células especializadas que revestem os ventrículos cerebrais e o canal central da medula espinhal. Eles são responsáveis pela produção e circulação do líquido cefalorraquidiano (LCR), que atua como um amortecedor para o cérebro e a medula espinhal, além de remover resíduos metabólicos.

Descoberta e História

Essas células foram identificadas pela primeira vez no século XIX, mas foi apenas com o avanço das técnicas de coloração e microscopia que suas funções começaram a ser esclarecidas.

Avanços Recentes

Recentemente, um estudo publicado na Journal of Neuroscience em 2021 demonstrou que os ependimócitos podem ter um papel ativo na neurogênese adulta, ou seja, na formação de novos neurônios, algo que anteriormente não se acreditava ser possível.

Conclusão

As principais células do cérebro — neurônios, astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e ependimócitos — trabalham em conjunto para manter a funcionalidade e a saúde do sistema nervoso central. As descobertas recentes revelam que essas células são muito mais dinâmicas e multifuncionais do que se imaginava, e novos avanços científicos continuam a expandir nosso entendimento sobre como o cérebro funciona e como ele pode ser tratado em condições patológicas.

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