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Como não esquecer as palavras

por Leonardo Faria
2 de agosto, 2020.
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Esquecer as palavras é algo comum e na grande maioria das vezes não guarda relação com doenças graves do cérebro, como o Alzheimer. Vários fatores influenciam a capacidade de uma pessoa recordar palavras adequadamente ou cometer erros menores no processamento da memória verbal.

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Os aspectos emocionais são determinantes. Mas há também outros fatores, como o próprio modo de funcionamento do cérebro, envolvendo especificamente as estruturas límbicas, deficiências no processo de aprendizagem das palavras, interações entre os interlocutores, as condições do ambiente e, finalmente, o contexto.

Cada um desses fatores, em conjunto ou isoladamente, pode desencadear o famoso “branco”. Quando a palavra fica na ponta da língua mas teima em não sair. Vamos começar por entender como você armazena milhares de palavras em seus arquivos mentais.

Hub de palavras no cérebro

Por muito tempo se acreditou que a lembrança de uma palavra demandaria uma corrente, um fluxo linear de informações previamente organizado durante o aprendizado. Esse mesmo processo, segundo os neurocientistas, poderia também explicar por que outras experiências seriam mais memoráveis​. No caso das palavras, como o cérebro é capaz de armazenar tantas delas? Como se dá a recuperação de itens a partir da memória verbal?

Esquecer as palavras

Recentemente, um estudo publicado na Nature Human Behaviour revelou um mecanismo diferente pelo qual o cérebro prioriza determinadas informações para facilitar que lembranças venham à tona (processo conhecido como evocação). Antes disso, já era sabido que certos estímulos, como palavras e imagens de lugares, eram inerentemente mais memoráveis ​para a maioria da população, mesmo que cada pessoa tenha vivenciado situações diferentes ao longo de sua vida.

Ao invés de estabelecerem uma sequência linear, as memórias relacionadas às palavras formariam redes, tramas no cérebro. As palavras mais memoráveis apareceriam como pontos grandes e altamente trafegados (hubs), conectados a pontos menores que representariam as palavras “menos relacionais”.

A explicação dos autores da pesquisa: palavras mais memoráveis ​​compartilham semânticas parecidas ou são mais frequentemente vinculadas aos significados de outras palavras usadas no idioma. (Xie, 2020)

Emoções negativas ou positivas

Há um link muito bem estabelecido entre memória e emoção. Um estudo publicado na Frontiers in Psychology investigou a influência do estado emocional no aprendizado de novas palavras, e concluiu que emoções positivas como a alegria facilitam esse aprendizado em tarefas mais simples do ponto de vista semântico. Por outro lado, emoções negativas podem suprimir a aprendizagem de novas palavras.

O efeito do estado emocional na assimilação de novas palavras foi notado sobretudo nas fases iniciais do processo de aprendizagem. Não se pode esquecer que um aprendizado deficiente prejudica a formação das novas memórias e, consequentemente, a evocação posterior dessas informações. (Guo, 2018)

Falar duas línguas

Outro achado curioso sobre falhas de evocação verbal envolve os bilíngues. Segundo Pyers (2009), pessoas que falam duas línguas seriam mais propensas a esquecerem palavras. Isso seria atribuído ao fato desses indivíduos experimentarem uma espécie de interferência entre os idiomas em níveis semânticos, fonológicos e, principalmente, em função do uso menos frequente desses idiomas em comparação com os monolíngues. (Pyers, 2009)

Contexto, estratégia e entonação

Na educação, o contexto motivacional influencia a assimilação de conteúdo. Quando confrontadas com frases significativas, as pessoas adotam estratégias diferentes em oposição a quando se veem diante de uma lista de palavras não relacionadas.

Quando uma palavra é apresentada em um contexto maior, como uma sentença ou história, é menos provável que as pessoas se lembrem das características exatas da palavra. Em vez disso, elas codificam a essência de toda a informação, o enredo. Ao mesmo tempo que esse olhar mais superficial favorece a fluidez da comunicação, ele ignora pequenos erros que acabam passando despercebidos.

Por outro lado, situações no processamento normal da linguagem podem direcionar a atenção da pessoa para determinadas palavras quando essa atenção é requerida. Os ouvintes têm melhor memória para as formas exatas de palavras focadas prosodicamente. Isso indica que as pessoas geralmente processam a essência das frases que ouvem, mas podem mudar sua estratégia e foco atencional para cada palavra se o falante indicar que uma delas é particularmente importante.

De maneira geral, as pessoas são altamente flexíveis em seus estudos e, quando surpreendidas com palavras fora do contexto, alteram sua estratégia de processamento para tentar assimilar algum significado. Nesse caso, concentram-se mais nas estruturas superficiais das palavras.

No seu caso, o que importa mais? Extrair informações gerais ou os mínimos detalhes do conteúdo?

Menos listas, mais storytelling

Por fim, um trabalho de revisão propôs uma teoria para explicar algumas nuances de memorização dos conteúdos verbais. O conceito estaria relacionado com os substratos neurobiológicos, em especial a análise do hipocampo e suas relações com o cuneus e a amígdala esquerda.

Em outras palavras, ao invés de lançar mão de paradigmas de aprendizado como listas e blocos de conteúdo, as palavras devem ser memorizadas no contexto de frases ou histórias para melhor controle sobre os seus significados. (Riegel, 2015)

Isso comprova a eficácia de uma técnica cada vez mais empregada no contexto da comunicação baseada em evidências neurocientíficas e que deixo como sugestão final para que você se comunique com mais assertividade: o storytelling.

Referências
  1. Matzen, L. E., & Benjamin, A. S. (2009). Remembering words not presented in sentences: how study context changes patterns of false memories. Memory & cognition, 37(1), 52–64. doi:10.3758/MC.37.1.52
  2. Xie, W., Bainbridge, W.A., Inati, S.K. et al. Memorability of words in arbitrary verbal associations modulates memory retrieval in the anterior temporal lobe. Nat Hum Behav (2020). doi:10.1038/s41562-020-0901-2
  3. Guo, J., Zou, T., & Peng, D. (2018). Dynamic Influence of Emotional States on Novel Word Learning. Frontiers in Psychology, 9. doi:10.3389/fpsyg.2018.00537
  4. Pyers, J. E., Gollan, T. H., & Emmorey, K. (2009). Bimodal bilinguals reveal the source of tip-of-the-tongue states. Cognition, 112(2), 323–329. doi:10.1016/j.cognition.2009.04.007
  5. Riegel, M., Wierzba, M., Grabowska, A., Jednoróg, K., & Marchewka, A. (2015). Effect of emotion on memory for words and their context. Journal of Comparative Neurology, 524(8), 1636–1645. doi:10.1002/cne.23928
Tags: linguagemmemória
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Leonardo Faria

Leonardo Faria

Neurocirurgião (UFU) com Título de Especialista pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). CEO da Neurocirurgiões do Triângulo. Criador do Meu Cérebro e CEO da My Brain University, primeira universidade inteiramente digital sobre o cérebro. Pós-graduado em Neurociências e Comportamento (PUCRS). Empreendedor digital certificado pela Singularity University com imersão no Vale do Silício (EUA). Idealizador do Congresso Online Meu Cérebro (COMECE), maior evento inteiramente online sobre cérebro e neurociências já realizado no Brasil de forma interdisciplinar. Autor de e-books e palestrante. Mentor na My Brain University®.

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