Três pontos parecem ativar a área do giro fusiforme em nossos cérebros. Essa estrutura cerebral está envolvida com o processamento cognitivo da atenção e reconhecimento de faces. Ao reconhecer uma face, o sujeito se sente vigiado e passa a ser mais generoso, menos injusto e mais preocupado com a valorização do outro.
O esmero e a consciência sobre o que é justo ou injusto não resguarda o sujeito dos tribunais e da análise social. Nossas relações sociais são preenchidas por tomadas de decisão justas e injustas, dependendo mais do papel que o ator executa ou de que lado do palco ele escolhe ficar.
Parece complexo, difícil, distante, mas talvez não seja. Três pontinhos, literalmente falando, podem coibir ações injustas tomadas sob o escrutínio. Injustiça é o contrário do que é justo. Não há uma única definição para justiça, mas partimos do pressuposto que a definição seja a seguinte: quando a vontade de um (ou mais) sujeito(s) é mais valorizada que o direito do outro. Nesse espectro, cada um pode fazer uma reflexão sobre o universo de exemplos pessoais, globais, de caráter psicológico ou material a serem citados. Para fugir de anacronismos, entendo que cada um sabe das injustiças às quais é submetido e às quais submete também.
O esmero e a consciência sobre o que é justo ou injusto não resguarda o sujeito dos tribunais e da análise social. Nossas relações sociais são preenchidas por tomadas de decisão justas e injustas, dependendo mais do papel que o ator executa ou de que lado do palco ele escolhe ficar. O roteiro da peça teatral que vivemos foi forjado por um processo lento e altamente interativo, afetando o que somos e como lidamos com as injustiças cotidianas do nosso mundo. Não somos produtos de julgamentos escusos, mas de finas estratégias alinhadas que nos permitiram sobreviver e se reproduzir.
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