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Desmaio: causas, consequências, o que fazer e o que não fazer

Você já presenciou o desmaio de alguém? Soube o que fazer? Aliás, você sabe as causas e os riscos associados aos desmaios? Esse conteúdo resume bem o que você deve saber sobre o assunto.

Leonardo Faria por Leonardo Faria
31/05/2024
em Transtornos & Doenças do Cérebro
A A
13

Desmaio… você já desmaiou alguma vez? Já perdeu a consciência? Ou, ao menos, teve a sensação iminente de desfalecimento, que tudo iria apagar e desabaria no chão? Já viu alguém desmaiar na sua frente? Quem já passou pela sensação, sabe o medo que dá. Vulnerabilidade, perigo de se machucar seriamente, de não saber como agir ou até do pior.

Desmaio, causas, consequências, o que fazer, o que não fazer

O cérebro que “desliga”: entendendo o desmaio

Muita gente confunde, mas o desmaio dito verdadeiro se caracteriza por perda de consciência. Como se o cérebro realmente “desligasse”. Vale aqui observar que o termo é apenas uma força de expressão e que, verdadeiramente, o cérebro não desliga. Ele pode diminuir sua atividade, ter algumas de suas regiões irreversivelmente danificadas mas, ao desmaiar, o cérebro continua funcionando, ao menos em parte.

Quando associamos os desmaios às lipotimias e pré-síncopes (escurecimento visual e mal-estar subjetivo sem necessariamente haver perda de consciência), os episódios podem atingir até um terço da população. É o que descreve alguns estudos. Segundo especialistas, quanto mais avançada a idade da pessoa que sofre o desmaio, mais necessária é a investigação médica. Especialmente a avaliação do coração.

Na grande maioria das vezes, a perda súbita de consciência está relacionada com uma baixa oxigenação do cérebro, que pode ser desencadeada por vários motivos.

Emoções fortes costumam ser as causas mais comuns dos desmaios, e a explicação é uma resposta neurocardiogênica inapropriada. Por outro lado, os desmaios também podem estar relacionados a distúrbios e doenças mais graves e sérias, como infecções disseminadas pelo organismo, acidentes vasculares cerebrais (derrames), epilepsia e o traumatismo craniano com repercussão sobre o sistema nervoso.

O objetivo deste artigo é informar sobre o conceito do desmaio, estabelecer suas causas mais comuns, discorrer sobre alguns aspectos da sua fisiopatologia, assim como também inibir algumas atitudes temerárias que só complicam um evento já por natureza potencialmente grave.

Definição de desmaio

O termo desmaio é de pleno emprego popular. Do ponto de vista médico, o episódio autolimitado de perda súbita de consciência e do tônus postural costuma receber a denominação de síncope, principalmente quando a causa da baixa oxigenação cerebral é cardiovascular.

cérebro, pulmões e consumo de oxigênio

Quando usamos a expressão “a pessoa que desmaiou perdeu os sentidos”, de certa maneira não estamos errados. Logo que a consciência escapa, qualquer informação proveniente dos sentidos fica momentaneamente incapaz de ser processada. A vítima do desmaio se torna incomunicável.

O cérebro é um órgão extremamente exigente. Requer uma oferta regular de glicose para extrair a energia necessária para o metabolismo de suas células, especialmente os neurônios, além de consumir quase 20% do oxigênio inalado pelos pulmões.

Como já tratamos em outra oportunidade, a vigília é mantida por meio da ativação contínua de grandes extensões do córtex cerebral, tarefa que é desempenhada pelo Sistema Reticular Ativador Ascendente – SARA. Dessa forma, quando o fluxo de sangue para importantes áreas como a SARA diminui, o exigente órgão se vê privado momentaneamente de glicose, oxigênio e outros nutrientes. Dependendo desse grau de privação, o cérebro pode “desligar” por poucos segundos ou sofrer danos irreversíveis.

O final do último parágrafo ilustra porque o desmaio é encarado com tanta importância pelo profissional médico. Um evento que pode significar apenas um déficit de função rápido e transitório, mas também a falência de todo o sistema neurológico. Por isso todo caso deve ser tratado e investigado com atenção.

Causas do desmaio

Muitas situações podem resultar em um redução da pressão arterial e, dessa forma, ocasionar um episódio de desmaio. A pressão arterial depende basicamente da resistência periférica dos vasos sanguíneos, do volume de sangue ejetado em cada batimento cardíaco (sístole) e da frequência apresentada pelo coração em determinado momento.

Os desmaios neurocardiogênicos e os que estão relacionados a distúrbios do sistema nervoso autônomo interferem na pressão arterial de diversas maneiras, predispondo a perda súbita de consciência. Os vasos sanguíneos podem se dilatar subitamente, diminuindo a resistência vascular periférica e, consequentemente, a pressão arterial.

A frequência cardíaca pode diminuir a níveis inferiores a 50-40 batimentos por minuto, nível que pode variar de pessoa para pessoa, também repercutindo diretamente no volume de sangue que chega até o cérebro. A síncope vasovagal e a hipotensão ortostática são exemplos de desmaios que têm nessas causas neurocardiogênicas e disautonômicas sua fisiologia.

Há ainda situações em que o sistema de regulação da pressão arterial se torna insuficiente, como ocorre na hipersensibilidade do seio carotídeo.

A importância do nervo vago na fisiologia do desmaio

O décimo par de nervos cranianos é constituído pelos nervos vagos direito e esquerdo. Os núcleos que dão origem a esses nervos estão localizados no bulbo. Leia a matéria complementar Anatomia Básica do Sistema Nervoso Central Intracraniano para saber mais sobre o bulbo.

Existem inúmeros circuitos neurais que influenciam a atividade desses núcleos, e de outros envolvidos direta ou indiretamente com o sistema nervoso autônomo, como o sistema límbico e o hipotálamo. Talvez, por isso, alguns episódios de emoção intensa, processados nas estruturas límbicas, interfiram nos batimentos cardíacos e na pressão arterial, podendo ocasionar os desmaios.

Uma dor forte e o término inesperado de um namoro constituem exemplos, principalmente em pessoas com predisposição a reações emocionais desproporcionadas.

Os nervos vagos e os nervos cardíacos simpáticos equilibram suas ações para controlar os batimentos cardíacos, a contratilidade do coração e, secundariamente, a pressão arterial, em relação à exigência de cada situação.

Síncope vasovagal

A síncope vasovagal é uma das causas mais comuns de síncope. A incidência varia de 21% a 35%, e as vítimas são geralmente pessoas jovens com boas condições de saúde.

Pode ser classificada dentro das seguintes categorias: central (ocorre em resposta à estimulação emocional), postural (normalmente associada à permanência em pé por tempo prolongado) e situacional (após estimulação específica de nervos sensoriais e viscerais).

Pode ser dividida, de acordo com a resposta, como vasopressora, bradicárdica ou mista, onde são consideradas as características hemodinâmicas. Outra classificação está relacionada às características da síncope e a sua resposta ao tratamento. Aqui vale a observação: existem quadros malignos que não apresentam sintomas prévios aos desmaios e não respondem a nenhum tratamento.

A fisiopatologia da síncope vasovagal ainda é complexa e não está completamente elucidada, mas o mecanismo principal parece ser de origem reflexa. As condições que favorecem sua ocorrência estão relacionadas com a redução do retorno de sangue das veias, o aumento do tônus simpático, o aumento da contratilidade do coração e a baixa resistência periférica. Seu mecanismo é caracterizado por um reflexo autonômico paradoxal. O nervo vago aumenta sua atividade em resposta a receptores de pressão localizados no interior do coração, diminuindo os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea.

Aqui, os desmaios tendem a ser recorrentes. Situações como calor intenso, ambientes com grandes aglomerações, ficar muito tempo de pé, dor intensa, traumas, visão de sangue, punção venosa, ingestão de álcool e desidratação podem precipitá-los.

Emoções intensas geralmente são relatadas na cena dos desmaios, que podem ser precedidos por sintomas de duração variável, como mal-estar, calor, tontura, náusea, perda de força ou formigamento nos membros, palpitações, dor abdominal, fadiga, que evoluem para escurecimento visual progressivo e sensação de desfalecimento.

Hipoglicemia

Outro grupo de causas de desmaios está associado ao metabolismo. O diabetes e o jejum prolongado são exemplos de situações que predispõem a hipoglicemia. Geralmente as pessoas que desmaiam por esse motivo apresentam-se pálidas e com suor frio. Eventualmente, a prática de exercícios físicos por períodos prolongados pode ocasionar hipoglicemia também.

Lesões cerebrais

Por fim, danos cerebrais diretos ou indiretos podem ser os vilões. Os mecanismos são muitos. Um traumatismo craniano pode causar uma lesão de diferentes graus nos axônios neuronais, tornando-os disfuncionais. Como as fibras que ativam o córtex e produzem a vigília são, em sua maioria, longitudinais, estando assim mais sujeitas à rotação/tração, os traumas onde há movimentos bruscos de aceleração e desaceleração podem fazer com que a pessoa perca a consciência.

O mecanismo é conhecido como concussão ou lesão axonal difusa, dependendo do grau de dano aos neurônios. Leia também este artigo sobre as Sequelas dos traumatismos cranianos.

Os sangramentos (derrames) e as isquemias também podem acometer áreas cerebrais de diferentes proporções; eventualmente há a perda súbita de consciência. Quando as descargas elétricas relacionadas a uma crise epiléptica se generalizam, o mesmo pode acontecer.

Infecções neurológicas que inflamam o cérebro, tumores que crescem e comprimem estruturas vitais, deficiências nutricionais e intoxicações por diferentes agentes também são descritas.

Desmaio e morte súbita

Os médicos especialistas alertam que uma perda de consciência que ultrapassa 30 a 40 segundos deve ser encarada como potencialmente grave, requerendo atendimento imediato no pronto-socorro.

desmaio-eletrocardiograma-ECG
O eletrocardiograma deve ser realizado em todos os casos de desmaio onde há suspeita de causa cardiogênica.

Devido às inúmeras causas do desmaio, o médico deverá investigar caso a caso. Alguns exames podem ser necessários, como o eletrocardiograma e o teste de glicemia capilar, para reduzir imediatamente o leque de possibilidades, e intervir de uma maneira mais específica.

Outro dado importante é, se possível, conhecer a história pregressa da pessoa desmaiada. Sabendo-se, por exemplo, que ela é portadora de doença cardíaca, toma medicações regulares para epilepsia ou ingere habitualmente grandes quantidades de bebida alcoólica, o diagnóstico preciso fica facilitado, assim como o tratamento.

Além da história pregressa, as próprias circunstâncias do desmaio são importantes para definir suas causas. Se a pessoa desmaiou logo após uma pancada na cabeça, estava no velório de um ente querido, não come direito há dois dias… pistas diretas sobre o que deverá ser feito em seguida.

Agora, se a pessoa não respira ou não apresenta pulso logo após desmaiar, manobras de ressuscitação se tornam emergentes e uma investigação mais detalhada fica para um segundo momento. Primeiro, obviamente, manter a vida e o mínimo de circulação para o cérebro exigente.

hipoglicemia-glicemia-desmaio
Um teste rápido de glicemia capilar pode diagnosticar rapidamente a hipoglicemia como causa do desmaio.

Um estudo detalhado sobre o assunto revelou que a síncope pode ser o único sintoma que precede a morte súbita. Por isso, ao menor sinal de alteração cardíaca ou sintoma neurológico evidente, uma internação hospitalar é recomendada.

Vale lembrar: por mais que a causa da síncope seja benigna, suas consequências podem não ser. Uma queda abrupta, especialmente na população idosa, pode ocasionar fraturas ósseas e hematomas intracranianos.

Ficou curioso sobre essas complicações? Recomendamos a leitura do artigo As fraturas cranianas.

Desmaio: o que fazer?

Você presencia um desmaio. Antes de conduzir a pessoa para o pronto atendimento médico, algumas medidas podem e devem ser tomadas:

  • Afastar a vítima de local que proporcione perigo (escadas, janelas etc);
  • Deitá-la de barriga para cima e elevar as pernas em relação ao tórax (com a cabeça mais baixa em relação ao restante do corpo);
  • Lateralizar a cabeça para facilitar a respiração;
  • Afrouxar as roupas;
  • Manter o ambiente arejado;
  • Após recobrar a consciência, a pessoa deve permanecer pelo menos dez minutos sentada, antes de ficar em pé, para prevenir um novo desmaio.

O que não fazer diante de um desmaio?

  • Não jogar água fria no rosto, para despertar;
  • Não oferecer álcool ou amoníaco para cheirar;
  • Não sacudir a vítima.

Fontes:

  1. Hospital Albert Eistein
  2. Revista Viva Saúde
  3. Revista Brasileira de Cardiologia
  4. Mente Cérebro
  5. Síncope Vasovagal e Suplementação de Sal (Artigo de Revisão)

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Comentários 13

  1. Eliene says:
    4 anos atrás

    Eu vivo desmaiando do nada eu desmaio mas esculto tudo que as pessoas fala tenho gesf sidromi nefrotica será que tem haver desmaio com frequência já faz uns 2 meses que estou assim

    Responder
  2. Antônia Iêda Gomes says:
    5 anos atrás

    Meu marido teve um desmaio sábado,tinha tomado uma caipirinha,sendo q ele fez mais de um mês uso de antibiótico muitooo fortes e continuo usando um jato no nariz que contém cortisona .Pq ele tem um infecção no ouvido perfuração de tímpano. Só sei q do nada ele desmaiou sendo q ele tinha jantado e tomado sorvete em casa repepitindo por 3 vezes depois saímos fomos uma festinha e lá tomamos a caipirinha. Sofreu um desmaio feio e se tornou todo, em seguida.foi um coisa horrível ficou banhado de suor tbm deppis conseguimos dar os primeiros socorros.retornou,não quis ir no médico.o que pode ter acontecido.?Alguma explicação?

    Responder
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