De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve ter 600 mil novos casos de câncer em 2018. Em 2016, de todos os casos da doença no Brasil, 10% eram cerebrais.
O tumor cerebral é qualquer massa no interior do crânio (intracraniana) originada a partir do crescimento anormal e descontrolado de células do cérebro. No entanto, nem todo tumor é constituído por células cancerígenas.
Tipos de tumor cerebral
A grosso modo, existem tumores benignos e malignos no cérebro. Tumores benignos não têm células cancerígenas. Crescem lentamente e não tendem a se espalhar para outros tecidos. Já os malignos são considerados mais agressivos e perigosos. À medida que crescem, podem atingir rapidamente outras partes do cérebro. A Associação Americana de Tumor Cerebral afirma que existem mais de cento e vinte tipos de tumores cerebrais malignos.
O tumor também pode ser classificado de acordo com sua origem. Se começou no cérebro, é chamado de tumor cerebral primário. Se teve início em outra parte do corpo e se “espalhou” para o cérebro, é denominado tumor cerebral secundário ou metastático.
Sintomas de tumor no cérebro
Os sintomas e sinais de que há um tumor cerebral podem variar de acordo com o tipo e localização dele. Os mais comuns são:
- Dores de cabeça persistentes e intensas (este é um dos principais sintomas);
- Problemas com a visão (enxergar “borrado”, por exemplo);
- Náuseas, vômitos e sonolência;
- Comprometimento da memória;
- Alterações da fala e coordenação;
- Fraqueza progressiva em algum membro;
- Mudanças de personalidade.
Como fazer o diagnóstico
O médico deve realizar um exame neurológico para testar o sistema nervoso. Um tumor cerebral causa problemas e o exame busca identificar se eles acontecem com o paciente. Observa-se a força dos membros (mãos, por exemplo) e os reflexos. Avalia-se os sentidos, como audição, visão e sensibilidade da pele. Capacidade de se equilibrar, coordenação, memória, agilidade mental e uma série de outras funções são testadas.
Exames de imagem como a tomografia do crânio e a ressonância magnética do encéfalo são fundamentais. Eles possibilitam observar se o tumor tem características mais benignas ou malignas. O neurocirurgião geralmente lança mão de uma biópsia parcial ou total para o diagnóstico definitivo. A amostra colhida na cirurgia deverá ainda ser estudada pelo patologista, a fim de definir qual o tipo histológico (tipo de tumor).
O tumor intracraniano acontece em qualquer fase da vida, desde infância até terceira idade. Ainda não são claros os fatores de risco para essa doença, como sabe-se, por exemplo, que quem fuma está mais sujeito ao câncer de pulmão. Alguns artigos citam como possíveis causas do tumor cerebral a exposição à radiação.
Possibilidades de tratamento
Para definir o melhor tratamento, o neurocirurgião leva em conta diversos fatores, como tipo, tamanho e localização do tumor. Além disso, as características do paciente como idade e saúde geral também são importantes.
Pode haver um procedimento cirúrgico para remover o máximo possível da lesão, com o esforço de não danificar nenhum tecido cerebral. Caso o tumor não seja totalmente retirado, há possibilidade de quimioterapia ou radioterapia para combater o que restou dele.
Radioterapia
Na radioterapia, feixes de energia intensa são aplicadas ao cérebro, para destruir células do tumor, eliminando-o ou impedindo seu crescimento. Existe ainda a radioterapia estereotáxica, mais conhecida como radiocirurgia. Essa é uma forma específica de radioterapia, que permite ao médico administrar uma dose mais precisa de radiação. Dessa maneira, pode concentrá-la exatamente onde está o tumor, reduzindo danos à parte saudável do cérebro.
Quimioterapia
A quimioterapia consiste na administração de drogas específicas para impedir o crescimento do tumor cerebral. Ela atua bloqueando a duplicação das células tumorais ou levando as mesmas à morte.
O médico também pode prescrever corticoides ao paciente. O objetivo é reduzir o inchaço ao redor do tumor e diminuir temporariamente os sintomas. Nesse caso, o propósito não é atacar o tumor, mas fazer com que a pessoa se sinta melhor, aliviando os sintomas.
Se o tumor foi completamente removido ou não, a equipe médica deverá acompanhar o paciente até meses ou anos após o tratamento inicial. Tal acompanhamento é importante para verificar se a doença não progrediu ou retornou.
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Ruim que a gente vai no médico e eles fazem exame de toque e perguntas e nada de exames. Minha amiga nesse momento está numa mesa de cirurgia 15/12 as 8h. Pq enrolaram enrolaram com uma TC dizendo que era só um coágulo. Qdo pediram a TC com contraste o médico levou as pressas pra cirurgia pq viu que era um tumor e dos agressivos. Só Deus por nós, pq esses médicos. Despreparação total
Sinto muita dor de cabeca fui no neurologista ele fez alguma pergunta e disse qui eu tava com cefaleia cronica mais nao passo nei uma tomografia nada pra mim bate da minha cabeca e passo um remdio pra mim toma sem menos saber oqui tem na minha cabeca
Excelente !