Recentemente, tem circulado na internet uma postagem bem interessante e que faz a gente pensar sobre os conceitos de certo e errado. A verdade é que essa questão de acertar e errar é puramente conceitual, e essa percepção tem mudado a forma como lidamos no dia a dia com tarefas, decisões e normas. A escola que não distingue essa mudança de parâmetros não é mais capaz de formar um aluno preparado para a sociedade atual, extremamente vigilante e pautada na busca pela igualdade de expressão.
Mas isso não é só uma questão restrita ao ambiente escolar. Em casa, entre amigos ou mesmo em um relacionamento afetivo, a noção de que existem opiniões diferentes da nossa e, mais que isso, que estas podem estar corretas dependendo do referencial e contexto adotado, é de extrema importância.
A regra sempre foi: “respeite a opinião do outro!” Mas, você já parou para refletir o por que disso?
Sim, a resposta está no cérebro. Como não poderia ser diferente. Opinião é algo que vem dele. A noção do eu também. A capacidade de observamos uma determinada ação, julgá-la e responder adequadamente a ela também são fenômenos sociais essenciais relacionados à circuitaria cerebral. Todos esses processos são influenciados pelas memórias armazenadas ao longo da vida, e temperados pelas emoções que, individualmente, exercem pressão sobre nossas ações. Por questões genéticas ou de vivência, algumas emoções são mais exacerbadas em algumas pessoas do que em outras.
Tudo realmente fica muito complicado quando a gente vai à fundo na fisiologia de uma ação aparentemente simples, como observar um objeto. O que uma pessoa vê difere em muitos aspectos de outra pessoa. A tonalidade de cores, o sombreamento, a posição de quem observa, memórias antigas relacionadas à esse objeto… tudo acaba se resumindo a apenas um substantivo. Quem ganha com isso? A comunicação veloz. Às vezes, em detrimento de uma comunicação mais eficiente.
É preciso cada vez mais perceber o que a outra pessoa interpreta da informação apresentada. E menos do que a gente quer que o outro entenda do que está sendo dito, apresentado, escutado, visto ou vivenciado por nós.
Quer ver um exemplo disso?
Observe a imagem:
No fundo no fundo, as verdades são conceituais, relativas e a gente precisa aprender a conviver com isso. O primeiro passo talvez seja se interessar mais pelas pessoas.
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