Você é daquelas pessoas que adoram contemplar um céu estrelado? Mora em uma cidade grande e sente falta do céu incrível característico do campo? Uma nova pesquisa, divulgada pela Revista Galileu, aponta que a forma como olhamos o céu influencia bastante o nosso comportamento social.
Caso você tenha um boa capacidade perceptiva, e um grau de abstração sofisticado, vai concordar que olhar para um céu repleto de estrelas definitivamente mexe com a gente. É quase inevitável sentir-se pequeno, às vezes até insignificante, quando pensamos nas dimensões do universo. Já dissemos por aqui o quão vasto é o cosmos, já referimos a quantidade absurda de galáxias, estrelas e potenciais planetas habitáveis que existem por aí, aguardando por serem descobertos ou melhor estudados.
Como a própria Revista Galileu mencionou, “em comparação com a Terra, somos cada um de nós um mero ponto; frente ao Sol, é a Terra quem vira um ponto; na escala da Via Láctea, o Sol é só mais um entre bilhões de pontos. E isso não para nunca: nossa galáxia é um minúsculo ponto diante do tamanho do universo, e até o próprio cosmos, que para nós parece ser infinito, pode tranquilamente ser apenas mais um em meio a incontáveis universos. Mais uma vez, nada além de um ponto.”
Nesse contexto, uma pesquisa publicada recentemente no periódico American Psychological Association relata que se você faz parte do grupo de pessoas que contempla o universo, e questiona sua imensidão, a realidade e todas as leis que regem a nossa existência, você tende a ser um ser humano melhor do que aqueles que não o fazem. Uma pessoa que é tomada pelo sentimento com frequência torna-se mais educada, generosa e disposta a ajudar os outros.
Tudo não passa de uma capacidade individual de abrir mão do próprio ego, do próprio interesse, em nome do bem estar das outras pessoas. Após mostrar várias imagens de planetas e estrelas para os participantes do estudo, e avaliar apropriadamente suas respostas, foi medido o comportamento ético e a generosidade dessas pessoas através de instrumentos já consagrados. A sensação de deslumbramento e temor diante do exposto parece estar relacionada à atributos de personalidade cruciais para um convívio social mais inteligente: as pessoas pareciam mais éticas e generosas.