Um assunto que mexe com a cabeça de muita gente: a vida a dois. E, se tem uma coisa que é fundamental para qualquer relacionamento durar é ela: a inteligência emocional. Já ouviu falar sobre ela? Se você acompanha o MeuCérebro, provavelmente esse termo não lhe é estranho. Já falamos sobre a inteligência emocional neste artigo.
Pesquisas mostram que a qualidade da vida a dois é a mais importante variável para a felicidade global da pessoa. Problemas conjugais interferem ativamente na saúde mental e atrapalham também a vida no trabalho.
Inteligência emocional na vida a dois
Logo vamos aprofundar mais, mas, em termos gerais, inteligência emocional é saber gerenciar de forma inteligente as suas emoções, a do seu (sua) parceiro (a), buscando “casá-las” de forma harmoniosa. Empatia é uma das palavras-chave. Eita tarefa difícil, para alguns, não?
Os tempos atuais são de mudanças significativas no contexto das relações conjugais, em que alguns teóricos acreditam que não existe mais modelo dominante e mantenedor do casamento. As relações têm se sustentado muito nas necessidades afetivas e emocionais.
Outros acreditam que o aumento no número de divórcios (EUA: dos que casaram em 1890, 10% se divorciaram; entre aqueles que se casaram a partir de 1990, a probabilidade subiu para 67%) é por conta da queda das pressões sociais que mantinham os casais unidos. Para Goleman, inclusive o mais infeliz deles.
Fato: é preciso parar para pensar nas suas emoções. E nas do seu cônjuge. Vejamos abaixo algumas coisas que podem destruir o casamento. Esteja de coração aberto para refletir um pouco, porque você pode começar a ler e já sentir raiva lembrando daquilo que seu cônjuge fez ontem, ou lá em 1998. Calma lá!
O que você faz quando seu (sua) parceiro (a) faz algo que te irrita?
Xinga? Grita? Ri para não chorar? Faz aquela cara irônica? Ou tenta conversar de maneira calma mesmo que esteja supitando por dentro?
Eis um exemplo (real, divulgado no livro de Goleman e cuja análise merece ser compartilhada aqui):
(Fred: Você pegou minha roupa na lavanderia?
Ingrid – arremedando – : “Você pegou minha roupa na lavanderia?” Pegar a porra da sua roupa na lavanderia. Tá pensando que sou sua empregada?
Fred: Seria difícil. Se fosse empregada, pelo menos saberia lavar roupa.)
Eita.
Este casal participou de uma pesquisa dirigida por John Gottman, psicólogo da Universidade de Washington especialista em inteligência emocional no âmbito dos casais. Nas rigorosas microanálises dos vídeos que continham os dicursos exaltados de casais (como esse da Ingrid e do Fred) ele faz um mapeamento das emoções “subterrâneas”.
Gottman analisou períodos de “flores e espinhos” em mais de 200 casais e conseguiu prever com mais de 90% de exatidão quais deles iriam se divorciar. Ingrid e Fred foi um deles.
Se você faz uma crítica contundente, em vez de uma queixa, ao seu cônjugue, e com frequência, cuidado: seu casamento pode estar por um fio.
Mas, como assim crítica contundente? “Tem que criticar mesmo uai, ele não se importa nada comigo. Sempre estraga tudo”.
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