A doença de Parkinson é bastante incidente nos idosos. A neurociência aponta a genética como o fator preponderante para o seu desenvolvimento, mas alguns estudos sugerem que o ambiente também pode estar relacionado. O Parkinson não tem cura, e sim controle; por ser uma enfermidade progressiva, é irreversível e incapacitante.
Inflamações nas células cerebrais chamadas de microglias causam uma perda progressiva dessas células e resulta em uma diminuição da produção de dopamina, um neurotransmissor responsável pelos movimentos do corpo. Por isso os sintomas característicos da doença: além do conhecido tremor quando a pessoa está em repouso, a lentidão e diminuição da amplitude dos movimentos corporais e a rigidez são sinais essenciais para o diagnóstico.
Mas, além desses sintomas, chamados de motores, que aparecem permitindo o diagnóstico na grande maioria das vezes; existem outras manifestações precoces que podem ser um sinal de alarme. Abaixo, citamos quatro desses sinais:
Depressão
Além de ser considerada fator de risco, pesquisas mostram que a depressão pode ser um sinal precoce da doença de Parkinson. O aparecimento dos sinais ocorre inclusive até 20 anos antes dos sintomas motores. Além disso, pessoas que foram diagnosticadas com depressão têm, em média, 3 vezes mais chances de desenvolver Parkinson.
Não sentir cheiro
Também conhecida como hiposmia, a diminuição ou a perda da sensibilidade de cheirar está presente entre 70 e 90% dos pacientes com a doença de Parkinson, segundo especialistas. Por isso ela tem sido considerada sintoma não motor precoce. Estudos mostram ainda que a hiposmia típica do Parkinson não deve estar relacionada ao envelhecimento, já que o indivíduo saudável teria que passar dos 106 anos para desenvolver esse distúrbio do olfato.
Intestino “preso”
Alterações degenerativas no intestino ou problemas nos músculos da região podem ser sinal de alarme para a doença de Parkinson. Assim como a depressão, podem aparecer muito antes do tremor. Há evidências de que a constipação intestinal surge mais de 20 anos antes do diagnóstico da Doença. Mas, o que tem a ver o intestino? Evidências apontam que a doença começa no tronco encefálico (parte mais primitiva do encéfalo), e é justamente ali que estão neurônios reguladores do funcionamento intestinal.
Distúrbio do sono
Outro sintoma precoce é o distúrbio comportamental do sono REM (estágio do sono caracterizado por movimentos rápidos dos olhos). Estudos mostram que esse tipo de complicação pode aparecer mais de 10 anos antes dos sintomas motores da Doença de Parkinson. O indivíduo com esse tipo de distúrbio costuma “interpretar os sonhos”, podendo inclusive machucar o (a) parceira com movimentos bruscos e rígidos, em uma fase do sono em que a pessoa normalmente fica relaxada.
Conclusão sobre os sinais precoces da doença de Parkinson
Apesar desses sintomas serem descritos como precoces no caso do Parkinson, o aparecimento de cada um desses sinais ou doenças não é suficiente para o diagnóstico. Mesmo assim, é importante tratá-los. Além disso, é fundamental que os profissionais da saúde entendam a extensão de todas as manifestações clínicas associadas a essa doença neurodegenerativa. Dessa forma, o tratamento será mais eficaz.
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