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Beber até cair, beber para ficar legal; entenda como o álcool age no cérebro

por LISAM-UFU
16 de maio, 2015.
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por que fico bêbado fácil
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Como o álcool age no cérebro? Tudo o que foi dito bêbado, foi pensado sóbrio? Por que a pessoa fica caindo de bêbada? Por que algumas pessoas são mais afetadas do que outras? Se não lembro não fiz… Vale pensar assim?

efeitos do álcool cérebro

Ao ingerir a bebida alcoólica, cerca de 20% da absorção ocorre no estômago e os outros 80% restante no intestino delgado. A rapidez com que o álcool é absorvido depende da concentração da bebida e do período em que foi consumido. Durante ou após a refeição, por exemplo, a metabolização do álcool é mais lenta, pois além da degradação do álcool há também alimentos no estômago. Dessa forma, ocorre um retardo da absorção e o transporte para a corrente sanguínea ocorre gradualmente, minimizando seus efeitos.

Ao cair na corrente sanguínea o álcool afeta todos os sistemas do corpo e, principalmente, o sistema nervoso central, particularmente sensível. O álcool presente no sangue atravessa a barreira hematoencefálica e atinge diretamente os neurônios, alterando sua atividade.

Como o álcool age no cérebro?

O álcool altera o equilíbrio das substâncias químicas responsáveis pelas sinapses neuronais: aumenta a concentração do neurotransmissor inibitório GABA e diminui a concentração do neurotransmissor excitatório glutamato. Modifica, portanto, a atividade elétrica neural, acarretando rebaixamento global da atividade cerebral. Como consequência, o indivíduo apresenta fala arrastada, pensamento lentificado, atraso da reação a estímulos sensoriais, visão turva, prejuízo da memória e diminuição do tônus muscular. Provoca, em contrapartida, a depressão dos centros inibitórios do comportamento, causando animação, loquacidade e sociabilidade.

álcool cérebro
As áreas coloridas de róseo na imagem representam as áreas ativadas do cérebro. Observe o rebaixamento da ativação cerebral após o consumo de bebida alcoólica.

“Tudo o que foi dito bêbado foi pensado sóbrio”. Será?

A ingestão de álcool provoca o aumento da liberação de dopamina que atua nas conexões do sistema de recompensa cerebral, localizadas no córtex pré-frontal, criando a sensação de prazer e bem-estar frequente após beber. Associado a isso, o lobo frontal, responsável por regular o comportamento, elaborando julgamentos e controlando a emoção, também sofre alterações. O indivíduo perde a noção das consequências de seus atos, passando a agir de forma impulsiva. Dirigir após beber e manter relações sexuais desprotegidas são exemplos. A pessoa tende a agir de forma diferente do que é esperado em outras circunstâncias. Mostra-se mais sensível, excessivamente sentimental ou irritadiço. Não teme em dizer o que lhe vem à cabeça ou fazer o que está com vontade. A autorregulação do seu comportamento foi afetada.

“Se não lembro, não fiz”. Verdade?

Uma justificativa muito utilizada para as ações impulsivas realizadas durante o momento de embriaguez. Como é possível não se lembrar do que fez na noite passada? Isso acontece porque o álcool age sobre o hipocampo, uma porção medial e profunda do cérebro responsável pela aquisição de novas memórias. Portanto, quando tal área é afetada, ocorrem lapsos de memória e esquecimentos.

Por que a pessoa fica “caindo de bêbada”?

O álcool também age sobre o cerebelo. O cerebelo funciona como um grande auxiliar do córtex motor primário, sendo responsável por regular a atividade motora consciente, o equilíbrio e as demais funções motoras complexas. Por isso, após ingerir bebida alcoólica, a pessoa apresenta dificuldade para se manter de pé ou andar em linha reta. Tem seus reflexos diminuídos, assim como o tônus muscular.

Ação do álcool em outras áreas do cérebro

“Beber” também interfere no hipotálamo, responsável pela liberação de hormônios e neurotransmissores relacionados ao prazer. Como consequência, o álcool aumenta os impulsos sexuais e a excitação, mas em excesso acaba diminuindo o desempenho sexual. Age também sobre a medula e o sistema de ativação reticular ascendente, prejudicando a consciência e a atenção, e perturbando os estados naturais de sono e vigília, podendo induzir sonolência ou insônia terminal.

Em níveis inebriantes, o álcool provoca constrição dos vasos sanguíneos cerebrais. Pode, consecutivamente, aumentar a pressão sanguínea, exacerbando condições como crises de enxaqueca.

Por que algumas pessoas são mais afetadas do que outras?

por que fico bêbado fácil

Os efeitos do álcool estão diretamente relacionados com a forma como o organismo metaboliza o álcool. Isso é mais determinante do que a quantidade de bebida ingerida. Nesse sentido, questões genéticas, histórico familiar, idade e diferenças entre os sexos podem tornar determinado indivíduo mais suscetível aos efeitos da bebida mesmo quando consome a mesma quantidade de álcool do que outro. Algumas pessoas são inclusive mais propensas a desenvolverem cirrose alcoólica e doenças do coração e dos nervos relacionadas ao álcool.

Efeitos sistêmicos do álcool

Pessoas que bebem grandes quantidades de álcool por longos períodos de tempo correm o risco de desenvolver alterações graves e persistentes no cérebro, bem como disfunções em outros órgãos específicos como fígado, rins e coração. O fígado é particularmente afetado, já que é responsável pela “quebra” do álcool em seus subprodutos. Quando atua de modo disfuncional, devido à cirrose hepática ou hepatite alcoólica, pode acarretar prejuízos ao cérebro por meio da encefalopatia hepática. Esta condição gera alterações do sono, do humor, da personalidade e relaciona-se ainda com a ansiedade e depressão.

O álcool irrita a mucosa do estômago e do intestino, causando vômitos, náuseas, úlceras, febre, perda de apetite, dor abdominal e icterícia (“amarelão”). A longo prazo, pode ocasionar pancreatite e aumentar o risco de câncer de boca, garganta, laringe e esôfago.

Conclusão

A ingestão de álcool causa múltiplos efeitos no organismo e pode acarretar prejuízos nos mais diferentes sistemas, principalmente, no sistema nervoso central. Em razão disso, torna-se necessária a racionalidade do consumo de bebidas alcoólicas. O alcoolismo é uma epidemia que deixa vítimas no trânsito, nas famílias, no pensamento e motivação dos usuários. O pior é que, após certo tempo, o usuário perde a capacidade de compreender esses malefícios, o que exige um esforço de terceiros, conhecidos ou não, para mudar o quadro que terrivelmente se impõe.

Autora: Gabriela F. de Camargos Rosa

Referências: ScienceNet Links, National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism , Forbes

Imagens: goo.gl/ZkV0dW, goo.gl/1VW4OC, goo.gl/jwNfdk

[hr text=”Leia a 7ª edição da Revista MeuCérebro”]


Tags: álcool
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