Quem é que nunca se queixou de dor de cabeça? Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor, a dor de cabeça, também conhecida no meio médico como cefaleia, é a condição neurológica mais comum. Está entre os sintomas mais frequentemente vistos na prática clínica.
Só para ilustrar, 50% da população geral tem dor de cabeça durante um determinado ano e mais de 90% refere história de dor de cabeça durante a vida. Muito não?
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Vamos em frente.
Quando uma pessoa com dor de cabeça procura o atendimento médico, uma das primeiras e principais armas que este dispõe para elucidar a causa dessa dor é a conversa. Como acreditamos, a comunicação é fundamental e direciona, nesse caso, o diagnóstico.
Em se tratando de cefaleia, a evolução do padrão temporal da dor é de suma importância. Podemos considerar 4 padrões bem distintos e, uma vez estabelecido o padrão 1 ou 3, descritos abaixo, exames complementares são via de regra necessários. Isso porque tais tipos sugerem uma cefaleia secundária, como veremos:
Os 4 tipos básicos de dor de cabeça
Cefaleia aguda emergente: caracteriza-se por uma dor nova ou francamente diferente das anteriores. Embora esse padrão possa ser encontrado na cefaleia primária (aquela em que a própria dor é a doença, como as crises de enxaqueca, para a qual não há uma causa estrutural identificável), deve-se sempre atentar para um diagnóstico secundário.
Em situações específicas, em que não há outros sinais ou sintomas, o médico poderá optar pela simples observação clínica e medicação analgésica. Havendo dúvida, uma investigação deve ser conduzida. Exemplo: dor ocasionada por uma hemorragia cerebral secundária à ruptura de aneurisma.
Cefaleia aguda recorrente: corresponde àquelas dores que vão e vem, que ocorrem de tempos em tempos. Recorrência e estereotipia são as principais características das cefaleias primárias. Portanto, na maioria das vezes, ela sugere benignidade. Exemplo: enxaqueca.
Cefaleia crônica progressiva: Padrão mais raramente encontrado e requer investigação, como a realização de uma tomografia ou ressonância magnética de crânio. Geralmente esse tipo de cefaleia está associado a algum fator em evolução.
O compartimento craniano tem seu volume constante após o fechamento das suturas. Isso significa que qualquer lesão que cresça e cause comprima as estruturas próximas poderá cursar com esse tipo de dor. Exemplo: cefaleia associada a um tumor cerebral.
Cefaleia crônica não progressiva: esse padrão é típico daqueles pacientes que apresentam uma cefaleia primária, como a enxaqueca ou cefaleia tensional, e relatam um aumento progressivo na frequência de suas crises e redução da resposta aos analgésicos.
Pode estar relacionada às cefaleias secundárias (quando a dor de cabeça é um sintoma de outra doença), mas de maneira infrequente. Exemplo: cefaleia crônica diária.
Conclusão
Como vimos, as dores de cabeça “mais perigosas” são aquelas ocasionadas por algum outro fator – cefaleias secundárias. Nem todas as estruturas intracranianas produzem estímulos dolorosos. O tecido cerebral propriamente dito é indolor.
A não ser que algo exerça compressão, inflame ou dilate ossos, meninges, vasos sanguíneos e nervos, a sensação dolorosa não irá ocorrer. No caso de dúvida, a dica é sempre consultar um profissional especializado.
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Agora, convidamos você para saber mais sobre uma doença grave que pode cursar com dor de cabeça, a meningite.
Referência: Adoni, T. e Brock, R. S.. Neurologia e Neurocirurgia. São Paulo: Atheneu, 2008. (Série MedicinaNET).
Obg p às informações mais eu não aguento mais tanta dor de cabeça todo os dias