Pesquisa publicada recentemente no Journal of Psychoactive Drugs (Routledge) examina as experiências de americanos para os quais se prescreveu a maconha medicinal. Os resultados indicam que os estigmas ainda associados a ela podem contribuir para um tratamento ineficiente.
A maconha medicinal – um tema controverso nos últimos anos – agora é legal em 23 estados norte-americanos. Na Califórnia, local onde o estudo foi desenvolvido, seu uso está legalizado desde 1996. Tem-se observado cientificamente como uma forma viável de tratamento para complicações médicas como enxaquecas, depressão, dor crônica, asma e efeitos advindos da quimioterapia e da radioterapia.
Sobre o estudo
Após entrevistar 18 participantes, uma equipe de pesquisadores norte-americanos foi capaz de entender melhor como os pacientes lidam com este estigma e como isso afeta os cuidados de saúde, bem como a vida diária. Quase todos os pacientes mencionaram serem rotulados como drogados que procuram se beneficiar da lei. Muitos pacientes se sentiram desconfortáveis em discutir o assunto com a equipe de saúde. Uma regra: todos os pacientes esconderam o uso da maconha medicinal da família e de amigos íntimos.
“É triste… realmente é”, disse um paciente. “A maioria das pessoas parece estar mal informada, e isso inclui os legisladores. Eles vêem isso de forma extremada. A maconha é ruim. As drogas são más. No entanto, eles não enxergam problema algum em beber seus uísques ou fumar seus charutos. Eles não têm ideia de como a cannabis pode ser benéfica”, disse um participante.
Via Science Daily.
Léo: parabéns pelo seu blog. Fui informado por diversos pacientes e amigos, passei para conferir e adorei. Criativo e conciso da maneira que o público alvo necessita. Um abraço, Facundo