Um sintoma que, definitivamente, incomoda. Em alguns casos, compromete muito a qualidade de vida, é debilitante pois limita ou ainda impede atividades cotidianas, causando alteração de humor e uma série de outras consequências para a saúde. Estamos falando da dor. Mais especificamente vamos falar dos principais tipos de dor.
A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) diz que ela “pode ser considerada um sintoma ou manifestação de uma doença ou afecção orgânica, mas também pode vir a constituir um quadro clínico mais complexo”.
Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor é “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tais lesões”.
São várias as formas de classificar a dor, uma delas é definida pelo tempo que a sensação dolorosa se manifesta no organismo. Neste caso, ela pode ser aguda ou crônica. Há também aquela classificação que se baseia no mecanismo que gera a dor. Veja abaixo os três tipos mais comuns.
Dor nociceptiva ou inflamatória
Manifesta-se quando a via dolorosa ou o receptor nervoso aos estímulos da dor, que é chamado de nociceptor, é ativado fisiologicamente por meio de um estímulo nocivo. A origem da dor nociceptiva está associada a lesões de tecidos, ossos, músculos e ligamentos. Osteoartrite, por exemplo, caracterizada por inflamações em algumas articulações, causa a dor nociceptiva.
Alguns estudos dividem a dor nociceptiva em visceral e somática. Enquanto esta última é caracterizada por se manifestar na superfície do corpo, a visceral, como o nome diz, atinge órgãos internos e, por vezes, é mais difícil de se determinar. No entanto, em termos gerais, a literatura científica descreve a dor neuropática como local e referida, e o tratamento geralmente é eficaz; na maioria dos casos envolve inicialmente a prescrição de medicamentos.
Dor neuropática
É definida como dor causada por lesão ou disfunção do sistema nervoso. Esse tipo de dor geralmente está associado a algumas patologias, como o acidente vascular encefálico (AVC), a esclerose múltipla, lesões na medula, tumores, diabetes, entre outros. A dor neuropática diabética, por exemplo, costuma piorar à noite; já a conhecida neuralgia do trigêmeo é descrita como uma dor “em facadas” em um lado da face, sendo habitualmente muito severa.
Outro tipo de dor neuropática encontrada na prática clínica é aquela secundária ao herpes zoster. Pode ser grave, incapacitante e durar meses.
O diagnóstico da dor neuropática pode ser dificultado pela incapacidade de se identificar e medir a sensação dolorosa, muitas vezes referida de forma muita imprecisa pelo paciente. O profissional da saúde, ao tratar a dor neuropática, pode prescrever analgésicos comuns, analgésicos opioides e até antidepressivos, a depender do caso. Exames complementares também podem ser utilizados para o diagnóstico e tratamento da dor.
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