Os 4 pilares da educação, propostos no século XXI, são mais atuais do que nunca. Aprender a conhecer, fazer, conviver e ser. Eis o segredo para um modelo educacional bem sucedido que incorpora o Paradigma do Desenvolvimento Humano.
“Ontem um menino que brincava me falou que hoje é semente do amanhã…Para não ter medo que este tempo vai passar…Não se desespere não, nem pare de sonhar…Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs…” Gonzaguinha
A criança é a semente do amanhã. Semente que todo dia é ofertada aos cuidados da educação… Quanto tempo levará para ela brotar? Crescer? Tornar-se árvore? Nove anos? Treze anos? Dezoito anos? Vinte e um anos? Menos? Mais? Nada de prazos! É necessário colocar a educação no coração da sociedade durante toda a vida (Delors, 1999).
Diariamente, temos possibilidades de criar novas conexões neurais, novas aprendizagens, por isso educação é algo que nunca chega ao fim. Ela faz parte do ser humano, está em todos os lugares, nas mais diversas situações. Contudo, como forma de organização social, há um local que elegemos como foco principal de disseminação do saber, a escola. Esta, assim como a sociedade, vem passando por constantes transformações, e como proposta de melhorias, tem investido em ações que visam o desenvolvimento integral do indivíduo.
O ser humano é o centro do processo educacional. Faz-se necessário instrumentalizar os indivíduos para que possam ser protagonistas do seu próprio desenvolvimento; dessa forma, terem atitudes mais assertivas, conforme o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a inspiração para a educação do Século XXI é o Paradigma do Desenvolvimento Humano.
Por volta de março de 1993 até setembro de 1996 uma comissão de especialistas coordenada por Jacques Delors – professor, economista e político francês – elaborou um relatório elencando quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento.
A palavra aprendizagem é o ponto chave destes pilares, mas ela contempla diversas dimensões nas quais o ser humano pode ser “trabalhado”. Em outras palavras, a aprendizagem se dá de forma contínua e multifacetada, não se limitando somente a aquisição de conhecimentos, mas aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser.
Aprender a conhecer faz menção a busca pelo conhecimento, o que nos faz querer aprender. Aprender a fazer nos fala da prática, das habilidades. Aprender a conviver ressalta o respeito ao próximo, o pluralismo de ideias, a cooperação. Aprender a ser menciona a compreensão de si mesmo, a introspecção.
Quando foi elaborado este relatório para a UNESCO, Delors e demais integrantes desta comissão já mencionavam o avanço cientifico no âmbito mundial, entretanto ainda desconheciam o quanto este avanço poderia contribuir com as questões educacionais.
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