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Autismo em meninos: entenda por que eles são os mais afetados

por Leonardo Faria
3 de abril, 2018.
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Apesar do grande esforço e atenção dedicados pelas neurociências, um entendimento definitivo sobre as possíveis causas do autismo ainda não foi alcançado. Por outro lado, estatísticas confiáveis apontam que o transtorno do espectro do autismo em meninos é mais comum. A proporção é de quase 5 meninos afetados para cada menina.
Qual a razão para essa diferença? Seria o autismo um transtorno próprio do cérebro masculino? Haveria alguma influência dos hormônios sexuais? Ou a justificativa se daria por conta de limitações no diagnóstico?
Confira a seguir algumas explicações sobre porque o autismo em meninos é mais comum do que em meninas.

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Autismo em meninos - Teoria do cérebro masculino extremoExistem diferenças comprovadas entre os cérebros masculino e feminino. Em testes de QI padrão, por exemplo, as meninas tendem a pontuar mais em habilidades verbais, enquanto os meninos superam nas habilidades visuoespaciais. Eles também costumam pontuar mais em problemas de análise matemática e analítica.
Levado ao extremo, é claro, a “masculinização” do cérebro se confundiria com as principais características do autismo: deficiência da comunicação verbal e super sistematização. Alguns pesquisadores acreditam de fato nisso: o autismo estaria relacionado a uma expressão exagerada dos aspectos masculinos no cérebro em desenvolvimento que, dependendo da intensidade, poderia resultar no colapso das capacidades sociais.
Duas evidências apoiam a teoria do cérebro masculino extremo: variações na estrutura do córtex cerebral e influência do hormônio sexual testosterona.

Córtex cerebral mais fino

Uma porção do cérebro que varia conforme o sexo é o córtex. Homens possuem, de forma confiável, um córtex cerebral mais fino.
Utilizando a ressonância magnética, neurocientistas na Alemanha estudaram 98 adultos com transtorno do espectro do autismo (49 homens e 49 mulheres), tomando por base um grupo controle neurotípico.
O córtex, que sabidamente já é mais fino nos homens, também se mostrava com a espessura reduzida em todos os adultos com TEA. Tal diferença foi mais perceptível nas mulheres.

A pesquisa apontou que indivíduos com um córtex cerebral mais “masculino” seriam mais propensos ao autismo.

Altos níveis de testosterona fetal

Ainda apoiando a teoria do cérebro masculino extremo, alguns estudos encontraram correlações entre os níveis fetais de testosterona e o transtorno do espectro do autismo.
Pesquisadores descobriram que crianças expostas a altas concentrações de testosterona fetal exibiam algumas características de adultos com distúrbios autistas, como realizar menos contato visual, desenvolver menos interesses e ter relações sociais mais precárias.

Genética ligada ao cromossomo X

A ocorrência desproporcional do autismo em meninos e meninas levanta questões ligadas aos cromossomos sexuais. Um estudo canadense, por exemplo, concluiu que um pequeno número de casos de autismo está ligado à mutação de um gene encontrado no cromossomo X.
As meninas carregam duas cópias do cromossomo X; ou seja, elas têm um “backup”. Os meninos, no entanto, têm apenas um X de suas mães e o Y de seus pais. Isso os deixaria mais expostos às consequências dessa herança genética autista.
Outro exemplo é a síndrome do X-frágil, a segunda causa herdada de deficiência intelectual e a causa conhecida mais comum de autismo em todo o mundo. A síndrome engloba problemas de desenvolvimento, como dificuldades de aprendizagem e comprometimento cognitivo, além de características físicas, como face alongada e pés chatos. Também aqui, os homens são mais gravemente afetados do que as mulheres.

Diagnóstico de autismo em meninos é mais fácil

Por fim, segundo dados fornecidos pela Academia Americana de Pediatria, meninos são diagnosticados com autismo mais precocemente do que as meninas, possivelmente porque o sexo masculino apresenta sintomas mais graves.
Os sintomas iniciais apresentados pelos meninos autistas incluem maneirismos, comportamentos repetitivos e interesses altamente restritos. Acredita-se que os sintomas menos reconhecíveis em meninas estão levando não só ao diagnóstico tardio, mas também a uma sub-identificação da condição.
Outras razões tentam explicar a dificuldade de se identificar o autismo nas meninas:

  • Métodos diagnósticos tendenciosos desenvolvidos para as especificidades do autismo no sexo masculino, exatamente por ser esse o gênero mais afetado;
  • Associado ao fato de que as meninas têm menos atitudes repetitivas e restritivas, elas tendem a imitar mais o comportamento de outras meninas da mesma idade. Com isso, elas disfarçam as limitações sociais em relação aos meninos;
  • Elas precisam apresentar dificuldades comportamentais ou intelectuais mais severas para que se pense em autismo. Quando o distúrbio é leve, pode passar anos sem ser identificado. Podem ainda ocorrer diagnósticos equivocados, como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e, até mesmo, transtornos alimentares, como anorexia.

Autismo em meninos: expectativas

O porquê de mais meninos serem diagnosticados é apenas um aspecto da complexa investigação das causas por trás do autismo. Provavelmente, isso não será resolvido até que o próprio mistério central seja esclarecido.
Hoje se sabe que diversos fatores contribuem para essa diferença na incidência do autismo em relação ao gênero. Alguns deles você pôde conferir no artigo. Se o autismo pode ser encarado como resultado de um processo de “masculinização” do cérebro, só o tempo irá dizer através de novas pesquisas.

Enquanto isso, para os especialistas em autismo, a probabilidade de que mais meninos sejam afetados pelo transtorno não mudará tão cedo.
Quer saber mais sobre autismo? Leia também Vacinas causam autismo?

Tags: autismodiagnósticomeninos
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Leonardo Faria

Leonardo Faria

Neurocirurgião (UFU) com Título de Especialista pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). CEO da Neurocirurgiões do Triângulo. Criador do Meu Cérebro e CEO da My Brain University, primeira universidade inteiramente digital sobre o cérebro. Pós-graduado em Neurociências e Comportamento (PUCRS). Empreendedor digital certificado pela Singularity University com imersão no Vale do Silício (EUA). Idealizador do Congresso Online Meu Cérebro (COMECE), maior evento inteiramente online sobre cérebro e neurociências já realizado no Brasil de forma interdisciplinar. Autor de e-books e palestrante. Mentor na My Brain University®.

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