Mais música, por favor! Não bastasse ela mexer com a nossa alma, está sendo utilizada também como recurso terapêutico. É o que diversos estudos têm provado, atualmente. A música estimula todas as dimensões humanas, promove a distração, a libertação.
Mais música, por favor! Não bastasse ela mexer com a nossa alma, está sendo utilizada também como recurso terapêutico. É o que diversos estudos têm provado, atualmente. A música estimula todas as dimensões humanas, promove a distração, a libertação. Dessa forma, a musicoterapia veio a surgir e está sendo adotada em diversos ambientes. Nos hospitais, clínicas e centros de reabilitação, tem desempenhado papel fundamental no tratamento e cura de doenças e dores – agudas e crônicas.
A musicoterapia
Mas, como funciona esse tipo de terapia? É caracterizada pela utilização da música e seus elementos – som, ritmo, melodia e harmonia -, por um musicoterapeuta qualificado, como terapia para o indivíduo, sozinho ou em grupo. O objetivo é a melhoria da qualidade de vida e das condições em todas as áreas (física, mental, emocional, dentre outras), por meio do desenvolvimento de potenciais, da restauração das funções do indivíduo, da prevenção, reabilitação e/ou do tratamento.
Nesse contexto, diversas experiências têm sido realizadas para reforçar a importância da música no tratamento de enfermidades. Médicos do Hospital das Clínicas de São Paulo avaliaram cerca de 50 pacientes com sintomas similares durante certo tempo. Após todos passarem pela musicoterapia, que inclui tocar, cantar e escutar música, o resultado foi promissor: houve melhora significativa do quadro de depressão (metade dos pacientes), do controle da ansiedade (40%) e do consumo de remédios (30%).
Pesquisa realizada pela Cleveland Clinic Foundation, nos Estados Unidos, também mostra a eficácia da música contra a dor: aquela pode ter efeitos benéficos no tratamento de dores crônicas, mais comuns nos estágios avançados do Mal de Alzheimer, por exemplo. Os cientistas testaram a utilização da música em 60 voluntários. O índice daqueles que sentiam depressão em consequência da dor crônica diminuiu consideravelmente: 25%. Outros estudos também apontam que a música reduz consideravelmente o período de internação de crianças na unidade de terapia intensiva (UTI).
A música e o cérebro
Interessante é a relação entre a música e o cérebro. Estudos mostram intensa atividade nos condutos auditivos, no córtex auditivo e no sistema límbico, quando se ouve música. O sistema límbico, região cerebral responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade, recebe a música e evoca memórias e comportamentos a ela relacionados. Há um aumento da produção de endorfina, substância produzida pelo cérebro, principalmente quando há atividade física associada. A endorfina é considerada um analgésico natural, regula a emoção e a percepção dolorosa, ajuda a relaxar, promovendo a sensação de bem estar e prazer, reduzindo, dessa forma, o estresse e a ansiedade. Dado este processo, a música também pode ser usada no combate à depressão e no alívio dos sintomas de doenças como o câncer e a hipertensão arterial (estudo recente realizado pela American Society of Hypertension (ASH) apontou que a música pode promover a diminuição da pressão arterial e do ritmo cardíaco).
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